- 9 de outubro de 2018
- Postado por: Admin
- Categoria: Curiosidades
Os projetos têm como objetivo cuidar do meio ambiente, e aumentar a qualidade de vida dos moradores.
O conceito de cidades inteligentes era voltado para a discussão acadêmica até o início dos anos 1990. Com o passar dos anos, foi necessário inserir essa ideia na prática para que os espaços urbanos aderissem a sustentabilidade.
O que determina se uma cidade é inteligente?
O pesquisador Boyd Cohen, Ph.D. em urbanismo, e referência na elaboração de metodologias para cidades inteligentes, em entrevista à revista Exame, definiu essas áreas urbanas como as que conseguem se desenvolver economicamente ao mesmo tempo que aumentam a qualidade de vida dos habitantes, ao gerar eficiência nas operações urbanas.
Iniciativas pelo mundo
- Songdo – Coreia do Sul
A cidade de Songdo é um exemplo de cidade aerotrópole, ou seja, que cresce em torno de um aeroporto. O seu projeto de criação começou em 2003 e a partir de 2009 foi colocado em prática, devido a um programa de estímulos a investimentos lançado pelo governo local.
O projeto tem previsão para finalizar este ano, segundo estimativas oficiais. O lugar já vem sendo povoado desde 2011, e em 2013 a população chegou a 67 mil habitantes.
A expectativa é de que até 2020 a população da cidade seja de 250 mil moradores.
O planejamento da cidade inteligente levou em consideração várias opções de mobilidade, e a disseminação de espaços verdes. Também foram projetados sensores subterrâneos para detectarem as condições de tráfego e reprogramar os semáforos de acordo com o necessário.
Outro planejamento de desenvolvimento feito, foi o lago e um canal abastecidos com água do mar para manter a umidade do ar, assim não é necessário usar água potável. O canal também é usado como via de transporte para táxis aquáticos.
Outro meio de transporte que poderá ser usado na cidade é a bicicleta, pois os moradores terão acesso a uma ciclovia de 25 quilômetros.
Songdo conta com um sistema pneumático de gestão de resíduos que se espalha por toda cidade, assim elimina praticamente a necessidade de coleta de lixo e alivia o trânsito.
- Copenhague – Dinamarca
Outro exemplo de cidade inteligente é Copenhague, sendo a bicampeã no ranking elaborado pela revista Fast Company, uma das mais respeitadas no ramo de inovação no mundo.
A capital dinamarquesa destacou-se pela redução do uso de combustíveis fósseis, sendo um dos melhores exemplos no planeta.
A ação de sustentabilidade foi adotada em 2005 pelo governo local, e conseguindo reduzir em 21% as emissões.
Atualmente a cidade emite em média, 2 milhões de toneladas per capita de carbono por ano. O objetivo é que esse número diminua ainda mais até 2025, chegando a 1,16 milhão.
Para atingir essa meta todas as novas edificações construídas devem seguir uma regra de sustentabilidade.
Além disso, metade da população, que significa pouco mais de meio milhão, usa bicicleta como meio de transporte para o trabalho. A cidade apresenta um amplo sistema de aluguel do transporte de duas rodas que vem com GPS, como forma de incentivo.
Recentemente as bicicletas foram equipadas com sensores que detectam a qualidade do ar e ainda permitem o usuário receber informações do trânsito em tempo real.
De acordo com a revista Galileu, a cidade de Copenhague está com o projeto de instalar uma rede sem fio de iluminação LED inovadora. Além de economizar energia, a troca das lâmpadas permitirá o processo de comunicação wireless entre pontos da cidade.
A partir desse projeto os ciclistas poderão contar com mais segurança nas ruas.
- Santa Ana – Estados Unidos
O projeto de cidade inteligente da Santa Ana é o reaproveitamento da água. A maior parte utilizada desse recurso natural, até do vaso sanitário, nas casas do condado de Orange, na Califórnia, é tratada para se tornar potável novamente.
O sistema é conhecido como micropurificação, e funciona da seguinte forma: com a ajuda de elementos químicos e equipamentos que emitem luz ultravioleta, as partículas de sujeira são isoladas numa membrana especial até que não reste nada além de água pura. Até mesmo protozoários e bactérias são eliminados depois do processo.
Cerca de 600 mil lares da região são beneficiados. A estimativa é que cerca de 230 milhões de litros de água suja deixam de ser despejados no mar.
De acordo com especialistas, esse projeto pode ser uma alternativa para a dessalinização da água do mar.
- Belo Horizonte – Brasil
Na região metropolitana de Belo Horizonte, foi implantado o recurso de smart grid, as redes de distribuição inteligentes de energia elétrica. Na prática, esse sistema permite aumentar o controle contra perda de energia no processo de distribuição.
A Companhia Elétrica de Minas Gerais (Cemig) monitora mais de 12 mil unidades consumidoras, com um sistema que faz a medição e o faturamento da energia de forma digitalizada.
- São Paulo – Brasil
Outro exemplo do uso de smart grids, é da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL Energia). As cidades beneficiadas são Campinas, a gaúcha Caxias do Sul e outras cidades do Paraná e Minas Gerais.
Em maio de 2017, a empresa inaugurou o Centro de Despacho Inteligente, onde os consultores de campo podem enviar as demandas de consumidores em tempo real.
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